O PDD (Provisão para Devedores Duvidosos), que atualmente na doutrina contábil é mais mencionado como PCLD (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa), porém se referem ao mesmo artifício contábil, que trata-se de um tipo de lançamento contábil com o objetivo de fazer a redução das contas de ativo de contas a receber da empresa, sobre um valor apurado de risco de inadimplência e/ou inadimplência já constatada na carteira de Contas a receber, trazendo o valor desse ativo nos demonstrativos contábeis mais próximo para a realidade de como deve se realizar no futuro.
A inadimplência no Brasil está cada vez maior e é importante que sua empresa utilize do PDD para que os demonstrativos contábeis não contem com recursos que não existirão no futuro, o que poderá gerar um desequilíbrio nas contas da empresa, e até mesmo levar a empresa a uma situação de insolvência, quando a soma das suas dívidas superam a soma de todo seu patrimônio, afinal o que são valores a receber, que não serão recebidos, não é mesmo?
O PDD não te faz abrir mão desse contas a receber, afinal ele trata-se apenas de uma provisão contábil, que deve ser estornada e ajustada mês a mês, conforme o seu valor mudar.
Como implantar o PDD na prática?
Aqui no módulo Contábil do Arquis, recomendamos a implantação do PDD seja feita através de lançamentos contábeis feitos no último dia corrido do mês com seu conseguinte estorno no mês seguinte. A ideia em torno disso é que você feche o balancete do mês, e o balanço do ano, com a posição contábil concreta de contas a receber, com o lançamento do PDD, mas no dia seguinte (já no outro mês) esse lançamento do PDD será estornado, permitindo que sejam feitas as baixas do contas a receber normalmente (tanto dos adimplentes quanto dos inadimplentes/devedores duvidosos), para que no final do mês seja apurado novamente a inadimplência e provisionado um novo valor de PDD.
Veja um demonstrativo:
Como apurar o valor da inadimplência?
Neste aspecto, um software de gestão será de grande ajuda pra conseguir números realistas e monitorar esse parâmetro em tempo real. Antes de mais nada, a empresa precisa definir internamente, conforme seu próprio critério de risco, o que leva um cliente a se tornar um devedor duvidoso. A partir desse critério definido, o software precisa automaticamente alocar os valores de contas a receber desse cliente que se tornou devedor duvidoso na conta de PDD. É importante notar que nada impede de um cliente, fotograficamente, ser devedor duvidoso, depois deixar de sê-lo, e até mesmo voltar a ser no futuro. Muitas empresas utilizam ações judiciais de cobrança e negativação nos órgãos de proteção de crédito como critério para alocar o cliente como devedor duvidoso.
E aí, deu pra enteder o que é PDD ou PCLD? Dê uma olhada, também, no vídeo que preparamos para o tema:
CTO da Softnix